Aluno mapeia drogas utilizadas no golpe ‘Boa noite Cinderela’
Com orientação da professora Elizabete Campos de Lima, o trabalho que estuda as composições GHB, GBL e 1,4-BD em bebidas e amostras apreendidas pode sugerir um método rápido, conclusivo e barato para determinação dessas drogas em investigações de assalto e estupro envolvendo o golpe. "A intenção para análise em bebidas é ajudar na resolução de casos envolvendo golpes, pois o tempo de vida dessas drogas no organismo é muito baixo, entre 1 e 2 horas no sangue e 12 horas em urina", explica Diogo.
As drogas para análises são cedidas pela Polícia Científica de Santo André e também estabeleceu-se um contato no congresso em Ribeirão Preto para obter amostras apreendidas em Mogi das Cruzes. "A metodologia para análises em bebidas é feita adicionando-se uma alíquota conhecida das drogas nas mesmas para, então, se conduzir um método de extração das drogas destas bebidas para análise. Estamos utilizando água, energético e coca-cola", conta.
Atualmente essas substâncias também vêm sendo utilizadas como drogas recreativas em raves e casas noturnas. São comercializadas principalmente com o nome de ecstasy líquido e é capaz de causar sensação de euforia quando ingeridos em baixas doses.
A quantificação dessas drogas em amostras apreendidas é importante para traçar rotas do tráfico de drogas. Uma das possíveis utilizações do trabalho desenvolvido por Diogo é determinar a origem das drogas apreendidas. Segundo o pesquisador, isso serve para gerar subsídios na investigação de tráfico de drogas e traçar estratégias para ações policiais.
O que diferencia a utilização para recreação com o golpe é a quantidade ingerida. Segundo dados da literatura, são necessárias doses abaixo de 0,7 gramas para conseguir efeitos eufóricos e doses acima de 2 gramas para sedar um indivíduo. Entretanto, o uso recreativo traz perigos, pois não se sabe exatamente a quantidade da droga presente em uma solução comercializada e, portanto, overdoses podem acontecer. Altas doses consumidas podem levar ao coma e à morte.
Assessoria de Comunicação e Imprensa
20/12/2010
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