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Em tarde histórica, Miguel Nicolelis apresenta palestra com suas descobertas na UFABC

Publicado: Quinta, 06 de Dezembro de 2012, 14h22
Tratar eventos corriqueiros como acontecimento histórico é um expediente utilizado com frequência como chamariz para shows, concertos, partidas de vários esportes e até fatos geopolíticos.
Mas no campo acadêmico, quando uma instituição ainda jovem, a UFABC, recebe para uma palestra um homem que trata de assuntos até bem pouco tempo atrás mais afeitos à literatura de ficção científica e mostra exemplos comprobatórios de suas ambições, o termo "histórico", embora banalizado, encaixa-se perfeitamente.   

Na última segunda-feira, o neurocientista Miguel Nicolelis, considerado pela revista Scientific American um dos 20 maiores cientistas do mundo, apresentou uma palestra para um público de aproximadamente 1.300 jovens estudantes – a maioria da UFABC – em que desnuda um novo mundo onde as interações entre o cérebro humano e máquinas não só são possíveis, como estão muito próximas de se concretizarem.


palestra_nicolelis 7Nicolelis está à frente do projeto Walk Again, no qual artefatos mecânicos comandados pelo pensamento fariam um paraplégico andar. Este "levanta-te e anda" pós-moderno tem data e horário para acontecer. O sonho do cientista é que no dia 12 de junho de 2014, o pontapé do jogo inaugural da Copa do Mundo seja dado por uma criança paraplégica. "Nossa meta é 2014, mas, se não for possível, tem a Olimpíada em 2016. Continuaremos tentando", disse.


Para projetar esse verdadeiro milagre da ciência, Nicolelis partiu de testes nos quais comprovou que o cérebro de um macaco poderia movimentar um joystick colocado em uma sala localizada a alguns metros de onde o primata dava os comandos cerebrais. Mais adiante, tornou possível que um robô humanoide no Japão andasse de acordo com os impulsos do cérebro de outro macaco nos Estados Unidos.


Sonho
Durante a palestra, planejada e organizada pelo ramo do IEEE da UFABC e a Comunicação da Universidade, Nicolelis encorajou os estudantes a persistir na busca pelos seus ideais. "Quando saí do País, as palavras neurocientista e brasileiro não soavam bem no exterior. Chegavam a me perguntar em qual parte da Califórnia ficava a Universidade de São Paulo", disse, para completar pedindo aos jovens que continuem a sonhar. Sonhando como ele, a humanidade pode dar um enorme passo percorrendo apenas alguns centímetros.

Assessoria de Comunicação e Imprensa
6/12/12

Registrado em: Notícias
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