Unidade Tamanduatehy
Guilherme Solci Madeira / Dionisio Nunes Neto
Em consonância com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), que prevê a expansão física dos campi da UFABC, a Unidade Tamanduatehy, situada do outro lado da Avenida dos Estados, em Santo André, está sendo construída a fim de suprir necessidades da Universidade, especialmente em relação a laboratórios didáticos.
Composta por três blocos de edificação, denominados Bloco H, I e J, o projeto prevê uma área construída total em torno de 36 mil metros quadrados, o que corresponde a quase três vezes a área do Bloco B. A Unidade Tamanduatehy contará, ainda, com 408 vagas de estacionamento, bicicletário, lanchonete, restaurante, uma grande praça de convivência e área verde, além dos espaços alocados em cada um dos Blocos, a saber:
- Bloco H: almoxarifado central da UFABC, com área total em torno de dois mil metros quadrados, no nível do terreno, e com pé direito de até 8,5 metros de altura para instalação de prateleiras do tipo porta-paletes, com operação por empilhadeiras. O edifício possuirá, ainda, abrigos para resíduos úmidos e secos, resíduos químicos e reagentários; na parte de cima, junto à praça, uma lanchonete e, acima desta, um telhado verde;
- Bloco I: o prédio possui 31 laboratórios didáticos, quatro salas de aula, três salas de seminários e dois anfiteatros para 124 lugares cada; é o edifício mais importante e mais necessário da Unidade Tamanduatehy;
- Bloco J: este é o prédio que abrigará parte das áreas administrativas da UFABC, 117 salas de docentes, seis laboratórios didáticos, um salão de atos e eventos e refeitório na cobertura.
Destacam-se, ainda, os aspectos ligados à sustentabilidade na Unidade Tamanduatehy, como: telhados verdes; a pré-disposição para o sistema de cogeração, com aproveitamento do calor proveniente da geração de energia com utilização do gás natural, para o acionamento do sistema de ar-condicionado; e a concepção das instalações hidráulicas, onde há coletas separadas de águas de chuva e coletas segregadas de esgoto (águas cinza, negra, cozinha e laboratórios), visando tratamentos diferenciados e reaproveitamentos.
O Bloco H estará finalizado no início do próximo ano, sendo possível a transferência do almoxarifado que hoje ocupa, provisoriamente, a área central da Unidade Sede, ao lado do RU, viabilizando a implantação de nova e definitiva área de convívio e lazer no campus, conforme previsto no projeto original.
A implantação da Unidade Tamanduatehy, além do Bloco H, está dependendo de recursos financeiros do Governo Federal, com prioridade definida para o Bloco I, em função de sua importância como edifício de laboratórios didáticos para a formação dos alunos.
No atual estágio da obra, o Bloco I e o Bloco J estão com as fundações profundas concluídas, executadas em estacas de concreto moldado in loco, do tipo ‘hélice contínua’, sendo que, para o Bloco I, já estão concluídos, inclusive, os blocos de estacas, em concreto armado, com os chumbadores instalados. Dessa forma, o Bloco I está pronto para a montagem da superestrutura do edifício, em colunas e vigas de aço.
Bloco I: blocos de estacas com chumbadores instalados, pronto para a montagem das estruturas metálicas do edifício.
Vista Geral – Out.2016: aspecto dos blocos de estacas já executados para o Bloco I.
Confirmando-se a execução do Bloco I em defasagem com as obras para o Bloco J, a ser executado posteriormente, os seis laboratórios que ficariam no Bloco J poderão ser reposicionados no Bloco I, mediante entendimentos com os seus responsáveis, de forma que a defasagem temporal entre a entrega dos Blocos I e J não venha a prejudicar as atividades didáticas.
A integração das duas Unidades do Campus Santo André ocorrerá por meio de uma ciclopassarela, prevista para interligar a Unidade Sede à Unidade Tamanduatehy, passando por cima da Avenida dos Estados e do Rio Tamanduateí. Essa ciclopassarela, com cerca de 170 metros de extensão e largura aproximada de até 10 metros, não atenderá apenas esses novos edifícios projetados para a Unidade Tamanduatehy, mas também se tornará um marco monumental de referência para a Região.
Além da ciclopassarela, a UFABC tem mantido conversas com representantes do Shopping Grand Plaza, a fim de incentivá-los a construir uma passarela sobre os trilhos da CPTM. Tal passarela proporcionaria interligação contínua desde o entorno da Unidade Sede até o Shopping, viabilizando-se, a partir daí, acesso ao Parque Celso Daniel ou mesmo à região central da cidade. Nesse cenário, a implantação do Campus Santo André com ciclopassarela e passarela viria a superar barreiras físicas – Rio Tamanduateí e ferrovia – que, historicamente, segregam o município de Santo André, funcionando, portanto, como importante indutor de integração da cidade.
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