A Pós-graduação na UFABC
Texto do professor Armando Zeferino Milioni, pró-reitor dePós-Graduação da UFABC, a respeito dos cursos de pós-graduação daUniversidade e publicado no Diário do Grande ABC em 29 de março. Eleexplica o processo de aprovação por parte da Capes e fala daimportância da disponibilidade desses cursos para o Grande ABC.
A CAPES é a agência do Ministério da Educação responsável pelaavaliação dos cursos de pós-graduação stricto sensu , que são aquelesem que o propósito do aluno é a obtenção de um título de Mestrado ouDoutorado. Em complemento a eles existem os lato sensu , que são oscursos de especialização ou extensão, como os MBA, por exemplo. Taiscursos não titulam e não são acompanhados pela CAPES, que não osregulamenta ou avalia.
O Grande ABC conta com várias dezenas de cursos de pós-graduação latosensu , mas apenas 14 stricto sensu . Ao contrário do que ocorre comos cursos lato sensu , uma instituição de ensino superior que pretendaoferecer um curso stricto sensu só poderá fazê-lo com préviaaprovação da CAPES. Para solicitar essa aprovação a instituição deveencaminhar à CAPES uma extensa documentação descrevendo os objetivos docurso, a infra-estrutura presente e futura, a qualificação do corpodocente, incluindo seus projetos, financiamentos, convênios, etc.
Trata-se de uma formidável radiografia da instituição na área em queela pretende estabelecer o curso. A CAPES só acolhe propostas de cursosde pós-graduação stricto sensu novos uma vez por ano, no mês demarço. E, neste março, a UFABC encaminhará à CAPES as propostas deaberturas de cursos nas áreas de Energia (Mestrado-M e Doutorado-D);Engenharia da Informação (M e D); Física (M e D); Matemática (M);Nanociências e Materiais Avançados (M e D) e Química (M e D).
Se todos forem aprovados, o número de cursos de pós-graduação strictosensu na região praticamente dobrará, sendo que os de doutoradosofrerão um aumento de 250% (dos atuais dois, para sete). Ainda que ahipótese da aprovação de todos os cursos seja bastante ambiciosa, hajavista o fato de que a CAPES aprova, em média, apenas uma de cada trêspropostas recebidas, não hesito em fazê-la, aceitando apenas que emalguns casos essa aprovação não se dê já em 2007, mas daqui a um oudois anos.
Não há arrogância nesta minha ousadia que apenasguarda coerência com a minha segurança de que a CAPES saberá apreciar ofato de que UFABC conta com um corpo docente excepcionalmentequalificado. E eu me sinto com suficiente imparcialidade para falar daexcelência desse corpo docente por um motivo singelo: não faço partedele. Em meados deste ano retornarei ao ITA, onde me formei engenheiroe de onde sou professor há mais de 25 anos. Tenho orgulho de, comoparte da equipe que implantou a UFABC, ter contribuído para deixar essenotável legado a esta região na qual vivi os primeiros 15 anos de minhavida.
Armando Zeferino Milioni
Pró-reitor de Pós-Graduação da UFABC
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