A contação de história como estratégia de ensino em educação não formal
UFABCiência - Qual o tema da sua pesquisa?
A contação de história como estratégia de ensino em educação não formal: análise do Projeto Batuclagem (UFABC).
UFABCiência - Por que escolheu estudar este tema?
Sou educador há 10 anos. E cabe ao educador ser o mediador entre o conhecimento e o seu público. Nesta tarefa, utilizam-se diversas estratégias pedagógicas. Estudar a contação de história propiciou uma melhor percepção e aprofundamento acerca do processo de ensino de ciências, sobretudo, no ensino de crianças.
UFABCiência - Como realizou?
Foram elaboradas narrativas orais dos discentes, docentes participantes e outros profissionais envolvidos com o projeto Batuclagem, dentro da perspectiva da História Oral temática. Como complemento às narrativas, foi feita a observação participante das oficinas de arte-educação, a análise do acervo documental do Batuclagem (composto principalmente de documentos audiovisuais, fotografias e filmagens) e elaborados questionários com 85 crianças participantes.
UFABCiência - Quais foram os resultados alcançados?
Pelos resultados desta pesquisa, foi possível demonstrar a contação de história como estratégia fundamental para o ensino de crianças em educação não formal, permitindo um ensino que conduza o estudante à imaginação, reflexão, criatividade e entendimento de um mundo simbólico. Além disso, fez-se necessário repensar a formação de educadores para que o uso desta estratégia de ensino seja apropriado e melhor utilizado na Educação Fundamental.
UFABCiência - Quais as dificuldades encontradas?
O tempo sempre é o nosso maior inimigo: pesquisar sobre um tema tão vasto em pouco mais de dois anos é um grande desafio.
UFABCiência - Deixe uma frase que sintetize a importância da contribuição da sua dissertação para o universo científico e o cotidiano das pessoas.
A contação de história e o brincar são, inquestionavelmente, duas importantes ferramentas para o ensino de crianças. Por meio delas, os processos psicológicos superiores da criança podem ser desenvolvidos, além de propiciarem um processo de ensino marcado pela interação entre os estudantes e diversão certa!
Perfil
Luiz Henrique Portela Faria
Formado em História pela Universidade Católica de Santos (Unisantos) e em Teologia pelo Seminário Presbiteriano José Manoel da Conceição (JMC). Pós-graduado em Antropologia Cultural e Mestre em Ensino, História e Filosofia das Ciências e da Matemática pela Universidade Federal do ABC, com orientação de Ana Maria Dietrich e Vivilí Maria Silva Gomes. Atualmente atua como professor da rede particular de ensino.
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