Estudo de professor testa peptídeo no combate ao protozoário causador da malária
Um estudo conduzido pelo professor Vani X. Oliveira Jr., em colaboração com pesquisadores da UNIFESP e USP, vem testando o uso de peptídeos (análogos à angiotensina II) para inibir o desenvolvimento de protozoários causadores da malária. A pesquisa - ainda em estágio inicial - pode levar no futuro à elaboração de um medicamento eficaz na prevenção e tratamento da doença.
"Os estudos possibilitam combater a malária de duas formas: a criação de um mosquito transgênico, que produza essa substância antimalárica e a repasse a seus descendentes ou a elaboração de um medicamento que possa ser aplicado em seres humanos para tratar ou prevenir a doença", diz Oliveira.
O estágio final dos estudos, com a aplicação da substância em voluntários - portadores ou não da doença -, deve levar ainda alguns anos para ser colocado em prática. Isso porque a angiotensina II, substância cujo peptídeo VC-5 é análogo, apresenta propriedades que levariam um hipotético paciente a ter problemas de pressão.
"Nosso objetivo, a longo prazo, é chegar à elaboração de uma substância suficientemente capaz de tornar inativos 100% dos protozoários inoculados em um ser humano e que não apresente ação tóxica ou pressora".
A malária acomete cerca de 300 milhões de pessoas anualmente em todo o mundo. Muito comum em regiões tropicais, os riscos de epidemia da doença são agravados pela inexistência de um tratamento preventivo adequado.
Colaboradores do projeto: Prof. Dr. Antonio de Miranda (UNIFESP), Profa. Dra. Margareth de Lara Capurro-Guimarães (USP), Prof. Dr. Erick Leite Bastos (UFABC) e a aluna Ceres M. de Miranda (USP).
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31/07/2008
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