Estudo mostra distribuição de gênero em cargos de direção nas universidade públicas de SP
Dirigentes mulheres das universidades públicas paulistas lançaram no final de março o “Índex da Igualdade de Gênero nas Universidades Públicas do Estado de São Paulo”. Os dados coletados fornecem um panorama sobre equidade de gênero no ambiente acadêmico. A pesquisa revelou que os cargos de direção ou chefia ainda são predominantemente ocupados por homens (58,1%).
Esse trabalho colaborativo teve como foco promover a equidade e a igualdade de gênero e igualmente de raça e formular políticas e ações que possibilitem avanços concretos em diversidade. As autoras destacam na apresentação do estudo que ainda há necessidade de aprimoramentos na coleta de dados desagregados por sexo/gênero e cor/raça em cada instituição. Entretanto, reforçam que a análise dos quesitos “enquadramento na carreira” e “ocupação de cargos de chefia/coordenação” inauguram frentes amplas de discussão.
A próxima etapa será discutir os primeiros achados com as comunidades universitárias e com estudiosos, buscando compreender a constituição dos cenários identificados e como formular propostas para a superação dos problemas identificados.
O lançamento ocorreu na Universidade de São Paulo (USP) durante o 2º Encontro do Fórum das Universidades Públicas de São Paulo e contou com as seguintes representações: Mônica Schröder, vice-reitora da UFABC; Maria Isabel Delcolli, pró-reitora adjunta de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da UFABC; Lia Bittencourt, vice-reitora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Maria Arminda do Nascimento Arruda, vice-reitora da USP, Maria Luiza Moretti, coordenadora geral (vice-reitora) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp); Maysa Furlan, reitora da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e Maria de Jesus Dutra dos Reis, vice-reitora da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar).
Mônica Schröder afirmou que a UFABC busca estabelecer um percentual mais condizente com a representação populacional das pessoas negras no estado de São Paulo e um mecanismo transitório e compensatório com relação ao cumprimento da legislação vigente sobre o tema. Segundo ela, O Índex indica a vontade das universidades públicas paulistas de produzir práticas sociais e científicas que levem a maior diversidade e presença de gênero e raça nas suas respectivas comunidades
Maria Isabel disse que o estudo representa um marco inicial importante no aprofundamento do tema da ocupação igualitária de cargos estratégicos nas instituições. Para ela, a análise das barreiras encontradas nas universidades públicas reflete uma questão social típica do mundo do mercado de trabalho.
Íntegra da transmissão do 2º Encontro do Fórum das Universidades Públicas de São Paulo.
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