Levantamento mostra perfil de alunos da UFABC
A Universidade Federal do ABC terminou o levantamento comparativo do
perfil dos candidatos inscritos com o dos aprovados no vestibular
2006/2007. Os dados foram coletados por meio da ficha de inscrição no
período maio/junho deste ano. Fatores como renda familiar, período de
estudo, origem escolar e realização de cursos preparatórios se
apresentam como relevantes no desempenho dos alunos. As considerações a
seguir levam em conta dados absolutos de inscritos e aprovados - inclui
a aplicação de cotas.
O
levantamento confirma a predominância do público jovem no processo
vestibular. Mais da metade dos aprovados na UFABC (54%) tem até 19
anos, enquanto 16% têm acima de 25 – esse público “mais velho”
correspondia a 33% do total de inscritos.
O índice de
aproveitamento dos candidatos aumenta nas faixas que apresentam
melhores condições financeiras. Enquanto 33,6 % dos inscritos com renda
familiar entre R$ 5 mil e R$ 10 mil conquistaram a aprovação, apenas
3,7% daqueles que vivem em famílias que recebem até R$ 500,00
obtiveram o mesmo êxito.
Uma proporção similar ocorre quando
os índices de aproveitamento entre os que fizeram ou não cursos
preparatórios são comparados. Entre os que participaram do vestibular
sem contar com o reforço extra dos chamados “cursinhos”, o índice de
aprovação foi de 6,4%, enquanto metade (49,4 %) dos inscritos com pelo
menos dois anos de preparação pré-vestibular foi aprovada.
Período de estudo
No
primeiro vestibular da UFABC, um estudante que cursou o ensino médio em
escola particular teve 2,7 vezes mais chance de ser aprovado, já que
21% desse segmento conseguiu uma vaga, ante o índice de 8,3%,
apresentado por concorrentes oriundos do ensino público. O sistema de
cotas permitiu a aprovação de 158 alunos de escolas públicas a mais.
Sem a adoção dessa política de acesso, o aproveitamento dos que
estudaram na rede pública cairia para 6,6% e o de quem fez o ensino
privado alcançaria 25,4%.
A diferença entre o desempenho dos
candidatos que trabalham em período integral e os que têm jornada
parcial ou não trabalham é praticamente o dobro - o aproveitamento dos
primeiros foi de 7,1% e o do segundo grupo foi de 15,2%. A importância
da disponibilidade de maior tempo para estudo também pode ser
constatada na discrepância dos índices de aprovação entre os estudantes
que vinham estudando em período integral (26,4%), de manhã ou à tarde
(16,3%) e à noite (4,8%).
Entre os inscritos, a principal
fonte de informação declarada foi a Televisão (57%), mas desse grupo,
apenas 8,6 % conseguiu alcançar uma das vagas. O melhor desempenho foi
obtido pelos que apontaram a leitura de revistas como fonte mais comum.
A aprovação desses candidatos foi de 25,3%. Um dado curioso foi que o
segundo melhor aproveitamento (21,4%) ocorreu entre os que declararam
não se manter informados.
Dados completos
Assessoria de Comunicação e Imprensa
UFABC
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