Primeira sessão destaca temor de retrocesso em políticas contra desigualdade
A primeira sessão de debates, "Os impactos da pandemia para as minorias políticas", tratou dos efeitos da pandemia sob a perspectiva étnica e racial. Com mediação do pró-reitor de Assuntos Comunitários e Políticas Afirmativas da Universidade, Acácio Almeida, participaram das apresentações: Eloy Terena da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB); a professora Matilde Ribeiro da Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB) e ex-ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; além da professora Regimeire Maciel da UFABC.
Um dos pontos comuns foi a constatação de que o espalhamento da Covid-19 elevou a outro patamar a exposição do o nível de desigualdade social existente no Brasil. O perfil das vítimas fatais e contaminadas mostra que a moléstia avança de forma mais ampla e severa sobre populações social e economicamente mais vulneráveis, sobretudo formadas por pretos, pardos e povos indígenas. Isso torna explícito que pessoas pertencentes e esses segmentos estão distantes da possibilidade de se adequar às ações e estratégias para enfrentamento da doença, especialmente o isolamento social e acesso a infraestrutura sanitária e a serviços de saúde.
Durante o debate, houve a avaliação de que esse cenário torna-se particularmente mais perverso, ante a dificuldade de apuração precisa de dados sobre a incidência da Covid-19, o que pode ocultar um quadro de desigualdade ainda pior. A indicação é a de que o Estado faz questão de ignorar a dimensão dos problemas provocados pela desigualdade social, desobrigando-se de promover e de até manter medidas contra as diversas formas de desigualdades étnico-raciais.
Íntegra da sessão "Os impactos da pandemia para as minorias políticas":
Assessoria de Comunicação e Imprensa
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