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Professor desenvolve software inovador para pacientes com deficiência auditiva

Publicado: Segunda, 02 de Junho de 2008, 00h00

O professor Francisco Fraga desenvolveu um novo software capaz de auxiliar deficientes auditivos com dificuldades para compreender sons emitidos em médias e altas freqüências (entre 2000 e 8000 hertz). Em um futuro próximo, a tecnologia poderá ser implantada em aparelhos auditivos destinados a pacientes que não conseguem identificar os fonemas chamados de fricativos (sons das letras f, v, x, j, s, z)

Diferentemente dos sistemas tradicionais, que apenas amplificam o nível dos sons, o estudo de Fraga demonstrou a possibilidade de transportar informações das altas freqüências para as baixas. Testes em laboratório demonstraram que os portadores de deficiência neurossensorial descendente com zonas mortas na cóclea (disfunção que impede a audição de médias e altas freqüências mesmo com a ajuda de próteses) poderão obter um sensível aumento de inteligibilidade da fala por meio do novo software.

Os testes foram realizados em voluntários saudáveis com a presença de zonas mortas simulada em laboratório. A próxima etapa será o experimento em pacientes incapazes de ouvir sons emitidos em alta freqüência. “Os resultados apontam a existência de um ganho real na audição das pessoas. Resta agora aplicar o teste em portadores de deficiência auditiva e, por último, embarcar o software em um aparelho auditivo digital para levá-lo ao mercado”, afirmou o professor.

No primeiro estágio da pesquisa, os voluntários, impossibilitados de ouvir sons a partir de três freqüências diferentes (1500, 2000 ou 3000 Hz), tinham de tentar acertar os monossílabos enunciados por locutores masculinos e femininos. As palavras eram apresentadas de forma aleatória em duas condições: com o uso do novo software transpositor de freqüências e sem ele (condição de controle).

Conduzido em parceria com a professora da Unifesp Maria Cecília Martinelli Iorio (como co-orientação da tese de doutorado da aluna Letícia Pimenta C. S. Prates), o projeto poderá ser apresentado no congresso Interspeech 2008, o principal evento internacional relacionado à ciência e tecnologia da fala.

Um estudo piloto com uma versão anterior do software foi aceito para publicação em uma revista científica nacional. Segundo Fraga, embora existam próteses no exterior que trabalham com o conceito de transposição de freqüências, nenhuma obteve a eficiência apresentada pelo estudo brasileiro. Os resultados completos da pesquisa devem ser publicados ainda neste ano em uma revista indexada internacional.


Assessoria de Comunicação e Imprensa
UFABC

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