Projeto de biossensor para detecção de doenças ganha financiamento do CNPq
A pesquisa vai desenvolver uma plataforma para detecção viral em um biossensor portátil. O trabalho incorpora o uso de nanopartículas metálicas para melhorar a sensibilidade e eficiência de um dispositivo capaz de realizar o biomonitoramento de doenças, especialmente em locais de difícil acesso. O financiamento chega a quase R$ 600 mil e foi obtido junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) em chamada aberta em agosto, dentro do Programa MCTI de Inovação em Grafeno, na Linha 2 (TRL4 com protótipos em desenvolvimento).
De acordo com a professora da UFABC responsável pelo projeto, Ana Champi, o investimento ocorrerá na aquisição de material de consumo e no custo para realização de aferições e testes com as demais instituições participantes da pesquisa: Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade Federal de Uberlandia ( Campus- Pontal), Fiocruz, Instituto Pasteur e Instituto Adolfo Lutz. A verba também contempla duas bolsas de doutorado, duas de mestrado e quatro de iniciação científica. A pesquisadora lembra que o desenvolvimento do trabalho ocorre em conjunto com a VRS (braço da empresa 2Mi) que atua em pesquisa no ramo de tecnologia da informação.
O principal objetivo do projeto é o desenvolvimento de uma plataforma baseada em biossensores de nanomateriais de grafeno, que aumentem a eficiência e sensibilidade de equipamentos para detecção de novos vírus e respectivas variantes. De acordo com Ana Champi, os dispositivos com essa tecnologia terão capacidade de resposta de 50 segundos. A cientista afirma que a expectativa é expandir um ramo inexistente de pesquisa científica na América Latina: fabricação de biossensores portáteis para biomonitoramento de novas pandemias.
Monstrando a Fabricação do biosenssor eletroquimico de óxidos de grafeno reduzido (rGO) portátil. Imagem: Profa. Ana Melva Champi Farfan (UFABC).
Detetor portátil desenvolvido pela equipe da Profa. Ana Champi. Imagem: Profa. Ana Melva Champi Farfan (UFABC).
Assessoria de Comunicação e Imprensa
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