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Projeto de professora da UFABC investe na redução da desigualdade de gênero em TI

Publicado: Segunda, 25 de Novembro de 2024, 13h32

CNPq e ministério das Mulheres apoiam iniciativa de professora que visa aumentar o número de mulheres do Grande ABC na área de Tecnologia da Informação

foto luana baggi ascom mcti

Incentivar meninas e mulheres da região do Grande ABC a enveredar pelo caminho da Tecnologia da Informação. Esse é um dos objetivos de projeto coordenado pela professora da UFABC Ana Ligia Scott com o apoio do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e o ministério das Mulheres. Os trabalhos, que durarão três anos, começam em dezembro. O valor, na íntegra, do financiamento é de R$ 600 mil.

O projeto vai buscar aproximar estudantes do gênero feminino de Ensino Médio da região da área de exatas e investigar mitos a respeito da participação de meninas e mulheres do Grande ABC na área de TI (Tecnologia da Informação).

Inicialmente, a pesquisa buscará respostas para o predomínio masculino em cursos de exatas e, mais especificamente, em Tecnologia da Informação. O projeto também analisará políticas de inclusão do público feminino nessa área da ciência em países da América do Sul e Europa.

De posse do estudo e diagnóstico, o próximo passo será propor planos e ações para que os governos estadual e do Grande ABC possam implantar políticas que aproximem as estudantes dos cursos da área de exatas e do mercado de TI (Tecnologia da Informação) na região.

O projeto contempla bolsas de pós-doutorado, três bolsas de iniciação científica para alunas da UFABC, 60 bolsas de iniciação científica para alunas do Ensino Médio e ainda bolsas para professores da rede pública.
“É necessário que as meninas e mulheres possam ter acesso a essas novas oportunidades e que vejam, nas carreiras voltadas à inovação e tecnologia, uma possibilidade viável e possível para elas”, explicou Ana Ligia.

O equilíbrio de gênero pretendido pelo estudo, de acordo com a professora, procura ainda ajudar a construir um futuro tecnológico mais coerente com as necessidades da região e do país. Para ela, a participação das mulheres nas ciências exatas, em carreiras voltadas à computação e tecnologia, trará uma contribuição muito mais plural e alinhada com os desafios atuais.

“É importante que iniciativas diversas, como a dessa proposta, sejam incentivadas e fomentadas a fim de realmente alcançarmos o equilíbrio e equidade em todas as esferas e campos possíveis”, afirmou.

Embora a graduação em Ciências da Computação seja o curso pós-BC&T (Bacharelado em Ciência e Tecnologia) mais procurado, dados apontam que ainda há pouca produção científica sobre a atuação de mulheres nas ciências exatas.

“A baixa participação do gênero no campo de C&T (Ciência e Tecnologia) engloba tanto a questão sociocultural quanto as políticas para inserir e acolher mulheres na área. Nesse contexto, a UFABC pode contribuir bastante para o aumento da participação das meninas na área de TI (Tecnologia da Informação)”, afirmou a professora.

Outras frentes

Esta frente de pesquisa não é a primeira da UFABC que atua com o objetivo de aproximar o gênero feminino da ciência. O projeto Menina Ciência-Ciência Menina (MCCM) coloca alunas do ensino fundamental em contato com mulheres cientistas do Brasil e do mundo por meio de palestras e atividades que compõem a programação do curso.

Outra iniciativa na área é o Coletivo Mirtha Lina (cMiN@), iniciativa de estudantes e professoras que procura aumentar o número de mulheres no curso de Computação da Universidade.

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