Proteína BAG-2 pode ser novo alvo no combate à doença de Alzheimer, defende professor
Diferentemente da usual eliminação de moléculas celulares indesejáveis utilizando ubiquitina como sinalizador para a degradação, a proteína BAG-2 permite uma eliminação muito mais eficiente. A BAG-2 atuaria como uma espécie de "gari celular". A forma usual de eliminação da proteína Tau é dependente de ubiquitina; a defendida pelo professor Carrettiero em seu trabalho, independente de ubiquitina. "Existem muitas formas de eliminação protéica intracelular. Nós somente descobrimos uma pequena peça do quebra cabeça: o envolvimento de BAG2. Por ser uma via extremamente eficiente, essa proteína pode ser um novo alvo no combate à doença de Alzheimer", afirmou o professor.
A base histopatológica da doença de Alzheimer foi descrita inicialmente pelo neuropatologista Alois Alzheimer (1909), que observou a existência de duas anormalidades no tecido cerebral de pacientes: agregados protéicos extracelulares e intracelulares contendo essencialmente as proteínas beta-amilóide e Tau hiperfosforilada, respectivamente. A acumulação desses agregados não constitui característica fisiológica normal das células nervosas saudáveis. Por esse motivo, uma das linhas de investigação na área científica procura entender os processos fisiológicos e bioquímicos responsáveis pela eliminação dessas proteínas agregadas.
No trabalho, os pesquisadores utilizaram técnicas de cultura celular (cultura primária de neurônios do hipocampo e cultura de células COS-7), clonagem e superexpressão de proteínas recombinantes, RNA de interferência e microRNA.
Assessoria de Comunicação e Imprensa
16/3/2009
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