UFABC expande capacidade da Central Computacional Multiusuário com aquisição de novas máquinas
Cluster Carbono foi expandido com recursos da Finep
A infraestrutura da Central Computacional Multiusuário (CCM) cresceu. A Universidade comprou novas máquinas, com recurso da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), orçadas em cerca de R$ 4 milhões. A operação expandiu o cluster Carbono.
Com a nova aquisição, a CCM passou a contar com 16 nós de CPU e três de GPU, com o possível acréscimo de um quarto. O total de núcleos saltou de 1152 para 2944, triplicando a capacidade de processamento.
Segundo o coordenador da central, Pedro Autreto, expandir o cluster é uma conquista da sua gestão."Em menos de 3 anos de CCM/Propes foi possível recuperar uma parte expressiva da nossa capacidade computacional e envolver mais a universidade", disse o professor.
A Universidade obteve o recurso para a construção do Carbono por meio de dois editais da Finep: um de R$ 1,5 milhão e outro de cerca de R$ 2,4 milhões.
Para a professora Paula Homem de Mello, que coordenou os projetos submetidos à instituição de fomento, a UFABC passa a ter uma capacidade relevante de recursos computacionais à disposição e menos tempo de espera para que os programas sejam executados.
“Ao triplicar os recursos computacionais, as pesquisas em diversas áreas são impactadas positivamente”, disse a docente.
A expansão tecnológica permite a aplicação em áreas estratégicas como energia fotovoltaica, supercapacitores e exploração de petróleo do pré-sal.
Com o devido investimento, a professora Mello crê em novas possibilidades para o cluster. “Temos em mente uma expansão para suprir as necessidades crescentes de inteligência artificial da UFABC, como, por exemplo, a aplicação de modelos de linguagem. Essa expansão poderá ser feita tanto pelas agências de fomento, como a FAPESP e a Finep, quanto por recursos próprios da UFABC, caso o orçamento permita”.
O pró-reitor adjunto de Pesquisa, Fabio Furlan, também acredita na expansão do cluster como forma de suprir as necessidades relacionadas à utilização de inteligência artificial na Universidade. De acordo com ele, a sua pró-reitoria empregou todos os esforços possíveis na captação de recursos e na destinação para manter e ampliar a infraestrutura multiusuária da UFABC.
“Como coordenador de dois projetos institucionais financiados pela Finep, que estão diretamente ligados à aquisição do cluster Carbono, considero que sua instalação trouxe um ganho significativo no poder computacional da UFABC, principalmente aquelas relacionadas à inteligência artificial, que demanda expansão de GPUs”, disse Furlan.
“Vale ressaltar que esse cluster, além de conter CPUs de ponta, contém placas gráficas GPUs de última linha e que sua configuração atual tem mais nós de computação do que o cluster Titânio, quando foi instalado”, concluiu o professor.
Cluster, nó, núcleos e GPU
Na computação de alto desempenho, o cluster corresponde a um agregado de computadores que, por meio de software, é configurado para executar tarefas de forma ordenada. Essa combinação agrupa a capacidade computacional em um sistema.
Os computadores organizados em um cluster são denominados nós. Eles possuem dentro de si processadores com um ou mais núcleos, que, por sua vez, são a menor unidade computacional completa.
As GPUs foram concebidas inicialmente para aceleração de vídeo em computador. Essas placas apresentaram um grande desenvolvimento na década de 90 e anos 2000.
“Com isso, percebeu-se que o trabalho dessas placas aceleradoras era extremamente paralelizado, de modo que os pesquisadores da indústria passaram a desenvolver o chamado GPGPU (General Purpose Graphics Processing Unit), que foi sendo refinado desde o início do milênio até termos as bibliotecas de programação de hoje, sendo exemplos o CUDA da NVIDIA, ROCm da AMD e openCL”, explicou Felipe Anon, responsável técnico da CCM.
Assessoria de Comunicação e Imprensa - UFABC
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