Pesquisa demonstra que campos elétricos podem melhorar a performance de fármacos
A busca por medicamentos e terapias personalizadas, que minimizem efeitos colaterais, é uma área de pesquisa muito ativa atualmente. Uma das abordagens mais investigadas envolve desenvolver fármacos que possam ser absorvidos pela pele, acessando rapidamente a corrente sanguínea. Há, no entanto, um grande desafio a ser superado: a resistência da própria pele. Trata-se de uma barreira natural, que, dentre várias funções, tende a impedir a entrada de compostos estranhos no organismo.
Em um trabalho recentemente publicado, o grupo de pesquisa liderado pelo Prof. Dr. Herculano Martinho, do Programa de Pós-Graduação em Nanociências e Materiais Avançados (PPG-NMA) da UFABC, chegou a um importante resultado nesse sentido, com potencial para aplicações biomédicas.
“Utilizamos simulações computacionais para construir um modelo de pele (> 60 mil átomos) e estudar condições em que seria possível facilitar a hidratação. Observamos que, ao aplicar um campo elétrico externo constante, vesículas contendo água se formam, atravessando a barreira, permitindo que medicamentos solúveis em água já possam ‘pegar uma carona’ nessa vesícula”, explica o docente.
O artigo foi publicado na capa da revista Physical Chemistry Chemical Physics, editada pela Royal Society of Chemistry, em maio de 2021. Intitulado Tuning the Transdermal Transport by Application of External Continuous Electric Field: A Molecular Dynamics Coarse-Grained Study, o trabalho é fruto do projeto de pós-doutorado da Dra. Neila Cristina Fonseca Machado, realizado no PPG-NMA. A pesquisa contou, ainda, com a colaboração do Prof. Dr. Marcelo Christoffolete (UFABC) e da dermatologista Clarissa Callegaro, da Clínica de Dermatologia AXCEM.
Para ler o referido artigo na íntegra, acesse a página da publicação original.
Assessoria de Comunicação e Imprensa da UFABC
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