Construindo o nosso Amanhã: IV Congresso da UFABC abriu as conversas para elaboração do novo Plano de Desenvolvimento Institucional
Entre os dias 8 e 10 de novembro, a Universidade realizou o IV CONGRESSO UFABC: Construindo o nosso Amanhã, com o objetivo de inaugurar o calendário de discussão sobre o novo Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), que será debatido e consolidado ao longo de 2023.
Após dois anos de edições online, o evento que voltou com seis mesas presenciais e transmissão simultânea contou com a participação das comunidades interna e externa para debater o futuro da Universidade, discutindo ideais a serem perseguidos para garantir uma UFABC cada vez mais interdisciplinar, inclusiva e inovadora.
Em sua fala de abertura, o Reitor Dácio Matheus ressaltou os valores e comprometimento da Universidade para com as políticas públicas de Estado para o progresso da nação e das ciências, além de destacar a importância de compartilhar as experiências acumuladas nos 16 anos da instituição, aprender com as vivências de outras organizações educacionais e de mais setores da sociedade.
Em consonância, na primeira mesa discutiu-se as Perspectivas para o ensino superior. O Presidente do Fórum Nacional dos Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação e Pró-Reitor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, o professor Robério Rodrigues, salientou: “Precisamos promover uma educação, do ponto de vista científico, que seja emancipatória para o indivíduo, mas que inclua, desde os primeiros anos, o contato com a Ciência.” O debate também contou com a presença da professora Joana Angélica Guimarães da Luz, Reitora da Universidade Federal do Sul da Bahia.
A Mesa 02, Políticas institucionais de enfrentamento às desigualdades de raça e gênero, foi mediada pelas professoras Bruna Mendes de Vasconcellos e Regimeire Oliveira Maciel. Virtualmente, a professora Eleonora Menicucci pode contribuir para sistematizar reflexões sobre iniciativas de combate às desigualdades de raça e gênero na sociedade brasileira, pontos estruturantes de uma democracia inclusiva.
Iniciando o segundo dia, falou-se sobre a importância e o impacto das ações e das políticas afirmativas e, principalmente, o quanto estas ações mudam o ambiente universitário. Em Transformação do ambiente estudantil por meio da inclusão universitária, tema da Mesa 3, os participantes lembraram que para que ocorra a transformação é preciso levar em conta os aspectos e a diversidade da comunidade que compõe esse espaço, promovendo ações e políticas que tentem garantir o acesso, permanência e formação. A professora Sandra Regina Leite de Campos (UNIFESP) questionou o significado de ser aluno e o pensar “em caixas” das universidades. O professor e rapper, Renan Lelis, apresentou uma de suas composições: “O rap é tipo Galileu e a sua teoria: provou que o mundo não é centro, é periferia…”. Ouça aqui.
Pesquisa, Inovação e Desenvolvimento Regional foi o tema da quarta mesa. Com a participação da professora Cristina Fróes de Borja Reis (Diretora da Agência de Inovação da UFABC, do pesquisador sênior Jorge Almeida Guimarães (CNPq) e Ricardo Magnani Andrade (Diretor Técnico do Parque Tecnológico de Santo André), o debate girou em torno da produção de conhecimento científico e da inovação no desenvolvimento regional, buscando a colaboração entre universidades, governo e empresas. “Para fazer tecnologia, precisamos de cérebro, ciência e recursos financeiros. (...) É necessário juntar a competência da Universidade, o interesse da empresa e o governo como avalista disso tudo, participando desse processo”, avalia o pesquisador Jorge Guimarães.
No terceiro e último dia, Autonomia universitária com garantia de gestão democrática e financiamento adequado foi a questão central da mesa cinco. Os professores ngela Maria Paiva Cruz (Universidade Federal do Rio Grande do Norte), Dácio Matheus (Reitor da UFABC e vice-presidente da Andifes) e Fernando Sarti (pró-reitor da Unicamp), avaliaram a regulamentação universitária atual e a busca de outras fontes de financiamento, como parcerias com instituições e empresas e fundo patrimonial, como formas para manter a autonomia das instituições de ensino superior.
Finalizando o IV Congresso, Jayme Paez (SESC Santo André), Claudia Leitão (Docente da Universidade Estadual do Ceará) e Sabrina Slauscius (Ministério da Cultura de Buenos Aires) conversaram sobre o papel das políticas de cultura, esportes e lazer na mesa Bem-viver e se relacionar com os espaços da Universidade. Segundo a professora Claudia, também secretária da Economia Criativa do Ministério da Cultura (2011-2013), é dever da universidade tecer redes e reumanizar a sociedade por meio da criatividade: “É a Cultura que inventa os modos de criação. A criatividade está vinculada ao conhecimento, a resolução de problemas. É a capacidade de pensar novas respostas para novas perguntas. Cultura, arte, ciência e tecnologia tem que estar totalmente integrados.”
Nas considerações finais e fala de encerramento, a Vice-Reitora Mônica Schroder agradeceu às equipes organizadoras, aos medidores e convidados que contribuíram para as reflexões que guiarão a elaboração do PDI. Como gestora, Mônica reforçou o estímulo e a motivação que as discussões levantaram para condução do processo de construção de um Plano comprometido com uma realidade diversa e complexa.
Os relatores de cada uma das mesas realizadas no congresso foram apresentados no dia 29 de novembro, durante o I Seminário sobre o novo PDI UFABC. Com isso, espera-se que os principais aspectos dos debates e as relatorias possam subsidiar o Grupo de Trabalho, a ser formado no início de 2023, responsável por definir as etapas e metodologias para consolidação do novo Plano de Desenvolvimento Institucional da UFABC para os próximos 10 anos da instituição.
Veja as fotos do evento no Flickr da UFABC.
Assista os vídeos do IV Congresso na playlist no canal da UFABC no YouTube.
Assessoria de Comunicação e Imprensa
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